Com medidas simples uma empresária em Fernando de Noronha recicla lixo, reaproveita água e economiza energia.
Um
dos destinos turísticos mais procurados do Brasil, Fernando de Noronha,
no litoral de Pernambuco, foi o cenário escolhido pela paulista Silvana
Montenegro Rondelli para montar seu primeiro negócio. Aos 39 anos e
encantada com a beleza do local, ela abandonou a carreira de
nutricionista para abrir uma pousada.
Com o tempo, a Beco de Noronha passou a se diferenciar dos demais estabelecimentos da ilha pela sustentabilidade, que está presente em cada canto do empreendimento e que já faz parte da rotina dos hóspedes e dos sete funcionários. A preocupação com o meio ambiente vai desde o uso racional da energia até o manejo do lixo.
A pousada foi construída aproveitando a luz e a ventilação naturais da ilha, com paredes vazadas, feitas a partir de madeira de demolição ou de reflorestamento. Já a água utilizada no estabelecimento é aquecida com energia solar.
O uso racional da água e da energia começou com a adoção de medidas simples. Silvana instalou placas informativas em todas as torneiras e chuveiros sobre a importância de economizar água. Além disso, clarabóias no teto da cozinha e do escritório garantem a ventilação e a entrada de luz natural. Na área social, foram colocadas telhas de vidro. Resultado: a conta de luz baixou e os lucros subiram.
Instalação de um chaveiro economizador de energia, com sensores nos quartos; substituição dos vasos sanitários comuns por mais modernos, de dupla função, que acionam diferentes volumes de água; instalação de equipamentos de ar-condicionado de alta eficiência energética; e uso de sensores de presença em toda a pousada. A empresária destaca ainda que instalou lâmpadas mais econômicas em todos ambientes. A água usada na lavanderia também é tratada para ser reaproveitada nos vasos sanitários.
A taxa média de ocupação da Beco de Noronha fica em torno de 85%, mas a pousada costuma ficar lotada nos meses de verão. O faturamento anual chega a R$ 500 mil, um aumento considerável se comparado ao registrado no início da empresa, R$ 96 mil. “Sinto que estou no caminho certo. Sustentabilidade e preservação do meio ambiente não são modismos, são ferramentas para bons negócios”, conclui.
E para finalizar foi adotada a filosofia para todos os produtos consumidos na pousada: quanto menos embalagens, menos lixo.
Fonte: Sebrae
Nenhum comentário:
Postar um comentário