segunda-feira, 30 de abril de 2012

Liderar é ser bom de estratégia, cercar-se das pessoas certas e inspirá-las com os valores de uma causa


Escreve sobre liderança e sobre o que está na cabeça do líder, ou deveria estar. É professor do MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) e consultor da Sapiens Sapiens. eugenio@ssdi.com.br (redacao.vocesa@abril.com.br)  10/07/2011


Preste atenção no seguinte diálogo:
— Qualquer coisa, fale com o Nelson, ele saberá o que fazer.
— Mas o Nelson não é de outro departamento?
— É, mas não importa, ele sempre ajuda quando a gente precisa.

Você já deve ter notado que existe um tipo de pessoa que parece estar sempre disponível para ajudar e até para cuidar dos outros. Não estou falando de enfermeiros, assistentes sociais ou missionários. Estou me referindo às pessoas de qualquer atividade que têm um traço de personalidade que as torna extremamente confiáveis e, por isso, acabam sendo demandadas por seus colegas, parentes e vizinhos.
Nas famílias sempre há um tio que serve de referência, que é procurado pelos sobrinhos em busca de conselhos ou pelos outros tios que precisam de algum apoio, e que foi quem cuidou dos avós velhinhos. Em qualquer condomínio encontramos sempre um morador que parece ser mais coerente e prestativo e, se não for ele o síndico, será seu principal conselheiro. Nas empresas não é diferente.
Sempre há um gerente Nelson a quem todos recorrem nas dificuldades, que responde com um sorriso, colocando sua experiência e sua boa vontade à disposição dos colegas, sem nenhuma cobrança posterior e sem o menor traço de arrogância. Quando você está com uma dificuldade, dessas que todos temos eventualmente, e está precisando de um conselho ou de um apoio, sabe a quem recorrer? Estou certo que sim.
Rapidamente você faz uma lista mental de seus colegas, amigos e parentes e os separa em duas categorias: os disponíveis e os não disponíveis. Você sabe que não adianta recorrer a um não disponível, mesmo que ele seja o mais próximo. Já o disponível é capaz de atravessar a cidade para apoiar seu amigo em dificuldade. Ele não vê obstáculos, é solidário e está sempre pronto.
É da lista dos disponíveis que brotam os líderes que são dignos do nome. Liderar é mobilizar pessoas em direção a um destino comum. Essa é a definição mais comum, mas ela envolve um sem-número de pequenas ações que, em sua somatória, conferem a qualidade de líder a seu detentor. É necessário ser bom de estratégia, cercar-se das pessoas certas e inspirálas com os valores de uma causa. O bom estrategista-comunicador verá seus esforços se diluírem no tempo se ele não for, também, um ser disponível. “Agora, ao trabalho”, diz um Nelson no fim da reunião. Mas complementa com sinceridade: “E, se precisarem de mim, sabem onde me encontrar”.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Motivação ... viva a vida ...

 Fehmi, uns 42 anos, que seu diamante mais raro era a sua própria vida e que sua maior motivação era aproveitar cada dia como se fosse o último!! Fehmi disse beber e degustar a vida apaixonadamente todos os dias !! “A noção da existência da morte me torna mais forte”, comentou ele … “saber que existe um ponto final me dá mais energia para viver o aqui e agora”. O que deu para perceber é que Fehmi realmente é um tipo que sorri para a vida de forma abundante. O cara tem mesmo brilho no olhar !!
A noção de que a vida não é infinita dá aos Homens um senso de urgência e mostra que a vida pode e deve ser vivida com intesidade e esplendor, já diziam muitos sábios da antiguidade. Sêneca por exemplo, grande pensador, filósofo e político romano viveu no primeiro século depois de Cristo e tinha Sócrates como grande inspiração. Em suas obras e conduta tenta recuperar a ética numa época onde a sociedade atravessava uma enorme crise de valores. Sêneca dizia: “Somente aquele que tem a consciência de como a vida é efêmera, e que a morte a qualquer instante pode chegar, não perde tempo e cultiva a arte de viver e amar a cada dia e não espera pelo amanhã na tola ilusão de que sempre terá tempo. Não há a melhor época para a vida de ninguém, o que existe é a conquista do melhor dia, todos os dias.” (trecho do livro Ócio Criador, trabalho e saúde”- Viktor D. Salis)
Em 1646 Descartes escreve: “Em vez de encontrar os meios de conservar a vida, econtrei um outro meio muito mais fácil e seguro, que é não temer a morte”. E um grande amigo nosso completa:”… ainda não passamos no teste para uma vaga de Deuses, portanto a vida é pra nós finita”.
Portanto, já que temos um ponto final pela frente que tal fazer com que a experiência de estarmos vivos seja aproveitada o melhor possível. Definitivamente não devemos perder nosso precioso tempo fazendo aquilo que não gostamos, desperdiçando nossas verdadeiras habilidades e nos lamentando diariamente pela paralisia nos caminhos errados. Sempre é hora para uma boa revisão de nossas escolhas. Vale a pena lembrar que caminhos errados sempre se manifestam, no fundo sempre sabemos quando estamos trilhando aquele que não é nosso !! Se sua caminhada não está a contento, bacana refletir se não é hora de mudar o rumo, afinal temos o livre arbítrio e o controle de nossas vidas. Os dias não voltam assim como as semanas, meses, anos …
" Sonhe com o que você quiser. 
Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz."

Clarice Lispector

Cinco tendências de cloud, segundo o Gartner


Para passar por essas fases com tranquilidade, as companhias devem desenhar um planejamento afinado com o novo universo.

Computerworld/Espanha
Embora o potencial da computação em nuvem seja impressionante, dizem especialistas, o impacto e o nível de aprovação ao longo do tempo são incertos e requerem revisões frequentes da estratégia empresarial. Nesse sentido, o instituto de pesquisas Gartner identificou cinco tendências de cloud computing que estão ganhando força e que podem se fortalecer nos próximos três anos. Para passar por essas fases com tranquilidade, as companhias devem desenhar um planejamento afinado com o novo universo.

Por exemplo, a nuvem traz uma série de benefícios, como redução de custos, maior flexibilidade e complexidade baixa, além de direcionar recursos para áreas de maior valor agregado, reduzindo os riscos.  No entanto, esses benefícios potenciais devem ser cuidadosamente examinados e comparados com os desafios e ameaças, incluindo segurança, falta de transparência, preocupações com o desempenho e a disponibilidade, restrições sobre as necessidades de licenciamento e integração. Esses problemas criam um ambiente complexo que devem ser levados em consideração ao avaliar a nuvem.

Segundo o Gartner, a cloud híbrida é imperativa hoje. O modelo refere-se à coordenação e à combinação de computação em nuvem terceirizada (pública ou privada) e a infraestrutura interna da empresa. Ao longo do tempo, a nuvem híbrida pode resultar em um modelo unificado em que há uma cloud formada por várias plataformas que podem ser usadas, conforme necessário, com base na mudança de requisitos de negócios.

O instituto de pesquisas recomenda ainda que as organizações tenham em mente que quando os aplicativos são executados em nuvens públicas devem ser estabelecidas diretrizes e padrões para determinar como esses elementos se combinam com os sistemas internos para formar um ambiente coerente que oferece um bom desempenho.

Ajuda de quem entende

A escolha de cloud implica na adoção de um suporte. Um integrador de serviços em nuvem (MMS) é um provedor de serviços que desempenha um papel intermediário na migração para a computação em nuvem e pode ajudar no momento pós-implementação. O interesse no conceito aumentou no ano passado e o Gartner espera que essa tendência cresça nos próximos três anos, à medida que as empresas buscam mais serviços de nuvem sem envolver o departamento de TI.
As empresas também não devem se esquecer de migrar, na primeira oportunidade que tiverem, as cargas de trabalho de infraestrutura existente para a nuvem. Essa abordagem pode trazer benefícios quando a organização tem exigências de recursos variáveis.

No entanto, para explorar plenamente o potencial de um modelo de nuvem, as aplicações devem ser concebidas com características, limitações e oportunidades de um modelo de nuvem em mente. O instituto de pesquisas recomenda que as empresas olhem para além da migração de cargas e que elas aproveitem todo o potencial da entrevista de aplicativos no modelo.

Com o mercado de data centers aquecido, o Gartner recomenda que as organizações apliquem os conceitos de cloud no data center do futuro e invistam em infraestrutura para aumentarem a agilidade a eficiência do ambiente.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sete dicas para ser um bom negociador


Profissionais que não conseguem negociar bem, ou em tudo, prestam um desserviço grave, a eles próprios e às suas empresas.

Kristin Burnham, CIO/EUA


Talvez seja o medo da rejeição ou a perspectiva assustadora de um embate direto com o chefe direto, mas uma coisa é clara: as pessoas não gostam de negociar.
Um novo estudo da LinkedIn revela que quando se trata de negociação no local de trabalho, 42% dos profissionais norte-americanos se sentem desconfortáveis. Um quarto, de fato, admite que nunca negociou no local de trabalho.
"E a cultura ocidental é uma cultura onde a negociação não é a norma, um fator agravado pelo medo das pessoas por conta da crise econômica mundial e seus reflexos no mercado de trabalho", diz Selena Rezvani, autora do livro "Pushback: How Smart Women Ask-and Stand Up-for What They Want".
O estudo do LinkedIn entrevistou 2 mil profissionais em oito países. Globalmente, verificou-se que 35% deles se sentem ansiosos ou com medo de negociar, enquanto 34% disseram que se sentem confiantes. Apenas 10% consideram as negociações excitantes e 10% são indiferentes.
A LinkedIn descobriu que os profissionais da Alemanha e da Índia têm a visão mais positiva: 21% dos alemães relataram que se sentem entusiasmados com negociações, enquanto os indianos foram os mais confiantes com quase metade (47%) relatando que se sente confiante durante uma negociação.
"Em outras culturas, como a Índia, por exemplo, negocia-se de tudo, desde o preço de uma peça de tecido até os termos de um contrato de trabalho", diz Rezcani. "A cultura indiana permite ser mais agressiv durante uma negociação onde as pessoas realmente esperam que você ceda em sua oferta inicial."
Profissionais que não conseguem negociar bem, ou em tudo, prestam um desserviço financeiro grave, pessoal inclusive, pondera Rezcani. "Quando não negociamos os nossos salários, deixamos milhares, até milhões de dólares sobre a mesa, não reclamados. Isto não só nos afeta negativamente agora, mas supera drasticamente as economias da aposentadoria que trabalhamos tão duro para acumular."
>> Leia também: Sete dicas para se sair bem em negociações
Mas os inconvenientes não são apenas financeiros. Eles estão diretamente relacionados ao crescimento da carreira. "Em minhas entrevistas com altos executivos, as capacidades de negociação e resolução de conflitos de competências surgiram como uma necessidade de liderança", diz ela. "Então, se não negociarmos de forma eficaz a entrada na empresa e os níveis que almejamos e as metas que teremos, podemos ser marcados como trabalhadores não indicados para postos de liderança."
Para ajudá-lo a negociar melhor, Rezvani oferece sete dicas.
1. Consulte sua rede
Sua rede de contatos é geralmente a ferramenta mais subutilizada em uma negociação. Olhe para suas conexões no LinkedIn em busca de insights sobre as motivações, contrapartidas e estilo, e troque ideias com seus pares.
2. Defina expectativas
As pessoas sofrem de baixas expectativas mais do que qualquer outra coisa, diz Rezvani. Isso faz com que os negociadores mirem baixo e obtenham muito pouco. "Sempre comece com uma proposta ambiciosa capaz de encantá-lo e excitá-lo, não simplesmente satisfazê-lo", diz ela.
3. Feche a lacuna
Não subestime o poder da outra parte, sugere Rezvan. Em vez disso, encare a pessoa com a qual você está negociando como uma igual. "Isso pode fazer toda a diferença na obtenção dos resultados que queremos", diz ela.
4. Um "Não" pode significar um "Ainda não"
"Um grande erro é assumir que quando alguém diz 'não', o assunto está encerrado, e não caba mais discussão", diz Rezvani. O momento pode não ter sido o melhor, por isso peça uma segunda vez, em circunstâncias diferentes. "Se você nunca ouviu um 'não', você provavelmente não pediu o suficiente", diz ela.
5. Se não há precedente, negocie
Rezvani diz que é OK pedir uma exceção à regra. Seja o primeiro a perguntar se é possível fazer diferente.
6. Faça o dever de casa
A elaboração de um plano para o que você está propondo pode dejá-lo em posição vantajosa, afirma Rezvani. Ao destacar os detalhes-chave de sua proposta, você economiza o tempo do outro. Adicionando uma assinatura ou aprovação, também, fortalece a sua posição, diz ela.
7. Mantenha terreno
"Durante uma negociação, tente desenhar a conversa em vez de acabar com ela abruptamente ou concordar de pronto", diz ela. "Você pode experimentar ficar em silêncio por alguns segundos para nivelar o poder ou fazer perguntas que abram o diálogo e aprofunde a conversa."

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Os mitos sobre o Plano de Negócios

Um tipo de fantasma que ronda alguns empreendedores é o famoso plano de negócios (Business Plan para os íntimos). Vamos esclarecer alguns mitos sobre esse nosso amigo.
  1. O plano de negócios serve só para mostrar para investidores ou incubadoras
    Escrever que a estimativa conservadora prevê que você lucrará 10 milhões no primeiro ano não fará o investidor te dar um abraço e aceitar na hora seu pedido. O plano de negócios serve para você definir quem você é, pra que serve, o que te faz especial e como alcançar seu objetivo. Não perca o tempo de seu leitor fazendo um plano “para inglês ver”. Escreva pela razão correta: se planejar.
  2. Quanto mais detalhado o plano, melhor ele será
    Depois de 20 páginas, cada 10 páginas de plano aumentam em 25% a chance de seu plano não ser lido. O plano não vai fechar nenhum negócio e sim conseguir o interesse do investidor. Interessado, ele vai analisar sua ideia, pesquisar o mercado e ver se o que você está falando é verdade. Não perca o tempo de seu leitor enchendo-o de informação, mostre apenas o que é vital para que ele se interesse em pesquisar sobre a ideia.
  3. A primeira coisa a ser feita em uma empresa é o plano de negócios
    Essa é uma ótima forma de garantir que o plano de negócios seja ruim. Monte uma apresentação que explique o que é a sua empresa. Converse com as pessoas, entenda o que elas acham da sua ideia, descubra o que os clientes querem e só depois escreva o plano. Uma apresentação é muito mais fácil de alterar do que um documento de 20 páginas. Não perca o tempo do seu leitor, deixe o plano para depois que a ideia já estiver bem maturada.
  4. É necessário ter uma meta otimista e uma pessimista
    Se você não alcançar uma meta mostra ou que seu plano estava errado ou que você não o executou corretamente. Alcançar uma meta pessimista mas não atingir a meta otimista significa que você não teve coragem para definir uma meta verdadeira. Não perca o tempo do seu leitor, mostre aonde você quer chegar e o que você fará para alcançar isso.
  5. O plano de negócios é aplicado totalmente na prática
    O plano serve para te guiar, mas não é a verdade absoluta. No momento de planejar, é preciso assumir algumas coisas como verdade, se na prática você descobrir que essas coisas não são verdade, não tem motivo para não se adaptar. Não perca o tempo do seu leitor se você é um cabeça-dura.
  6. As projeções financeiras precisam ser extremamente detalhadas
    O importante é entender quais são os fatores que te farão vender mais e onde você gastará esse dinheiro. Planejar quanto será gasto com canetas não te fará parecer mais inteligente. Não perca o tempo de seu leitor mostrando números detalhados e que todos sabem que são chutados. Mostre as premissas que você está levando em conta para chegar naqueles números e isso mostrará muito mais se a estimativa faz sentido do que os números em si.
  7. A descrição do produto é a parte mais importante do plano
    Errado. O sumário executivo é a parte mais importante do plano (é a primeira que vai ser lida), deve ser escrito por último e ter no máximo 2 páginas. Seus elementos são:
Quem tiver alguma experiência (boa ou não) com o plano de negócios, por favor sinta-se a vontade para compartilhar a história.
Abraços!
Millor Machado (fazendo as pessoas não perderem tempo próprio nem o dos outros)