Plataforma Brasil
Pessoal, muito se fala sobre os empreendedores corporativos. Aqueles
que mesmo não sendo donos dos próprios negócios, atuam de forma
empreendedora nas empresas onde trabalham. Corajosos, merecem toda
atenção, holofotes e o justo reconhecimento.
Mas hoje falaremos sobre os antiempreendedores corporativos.
Lamentavelmente, eles estão presentes em todos os lugares. Da pequena
empresa até a mais prestigiosa corporação, a sua trajetória de não
realização, embromação e sabotagem deixa um rastro com pistas
inquestionáveis da sua presença. Mas nessa hora o pior já aconteceu, ou
seja, eles já atuaram.
Mais uma vez, a prevenção é a melhor política. Pensando nisso e
conversando com gente competente que tem pavor da categoria, decidimos
reunir aqui algumas características comuns da espécie.
Antes é preciso deixar muito claro: antiempreendedores corporativos
são diferentes de pessoas que não são empreendedoras. O primeiro é
engajado e luta contra o empreendedorismo, o segundo legitimamente não
tem perfil pra coisa e escolheu outro caminho.
Vamos lá, o antiempreendedor:
1 – É fanático por modismos de gestão. Como forma de
compensar a incapacidade natural, se utiliza disso para criar uma falsa
imagem de dinamismo e engajamento empresarial.
2 – Adora frases feitas. Com aversão a qualquer tipo de risco e enfrentamento, opta por equipar o vocabulário com o obvio ululante, como forma de conseguir exposição e visibilidade falando muito e não dizendo nada.
3 – Gosta de performar. Da mesma família da
embromação, significa parecer fazer algo, mas sem nada conclusivo ou
concreto. Trata-se apenas de um jogo de cena.
4 – É bajulador. Inseguro por natureza, e
consciente de que o seu disfarce mais cedo ou mais tarde será revelado,
adora agradar. Ninguém escapa. Chefes, chefes dos chefes, secretárias
dos chefes, colegas, amigos e inimigos. Ele estará sempre lá, elogiando
qualquer coisa e dizendo o que se deseja escutar.
5 – É incapaz de demonstrar descontentamento. Questionado sobre como vão as coisas, responde recorrendo imediatamente ao seu arsenal de auto-ajuda corporativa. Algo como “Está tudo ótimo, a cada dia melhor!“, ou, “Desafios foram feitos para serem vencidos!“.
6 – Se espanta com posturas francas e verdadeiras. Acostumado a atuar ao invés de trabalhar, não consegue entender os colegas que não agem como se estivessem num palco.
7 – Idolatra superiores, gurus e ícones empresariais. Como
não consegue ter uma postura crítica e construtiva sobre o mundo
empresarial ao seu redor, perde a capacidade de encarar essas pessoas
como seres humanos falíveis.
8 – Odeia os realizadores e obstinados. Estes são os seus maiores inimigos, a origem de toda a pressão do dia-a-dia.
Mas não se preocupe, ao desconfiar de alguém nas suas baias, mostre
este texto e observe a sua reação. Se o sorriso for assim… meio amarelo,
parabéns! Você o identificou.
Abraços,
Gustavo Chierighini, da Plataforma Brasil
Este texto faz parte da coluna da
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