segunda-feira, 14 de maio de 2012

iOS ganha terreno nas empresas e Android recua

No primeiro trimestre, sistema operacional da Apple foi responsável por 50% dos acessos da internet móvel no mercado corporativo e a plataforma do Google por 37% das operações, revela estudo.

Colin Neagle, da Network World (US)
A onda da consumerização nas empresas mudou dramaticamente o cenário no ambiente  corporativo no primeiro trimestre de 2012. O iOS, sistema operacional da Apple, se mostrou mais presente no local de trabalho do que os que dispostivos que rodam o Android, do Google. Outra alteração é o impacto das redes socias dentro das corporações, com os usuários finais migrando do Facebook para o Twitter.

A constatação dessa mudança vem de um estudo conduzido pela Zscaler ThreatlabZ, provedor norte-americano de soluções de segurança pela nuvem, com base em análise de dados de mais de 200 bilhões de transações móveis processadas no primeiro trimestre por redes corporativas. O prestador de serviços atende companhias globais de todos os tamanhos. Segundo Mike Geide, que coordenou a pesquisa, foram avaliadas acessos a partir de servidor web.

Os dados mostram que os acessos internet por meio de dispositivos iOS dentro de empresas aumentaram no primeiro trimestre e representaram mais de 50% das operações via smarthpone, enquanto a participação de dispositivos Android cairam para 37% em comparação com o mesmo período no ano passado.
Até dezembro de 2011, o sistema operacional do Google e o da Apple estavam empatados, com participação de 47% das operações entre os clientes corporativos da Zscaler, informa Geide. Antes disso, era o Android que reinava no mundo corporativo, tendo mantido-se na liderança na maior parte de 2011. Já a participação dos dispositivos BlackBerry, caiu de 18% em janeiro para 15% em março, segundo o relatório da Zscaler

Um dos fatores para o avanço do iSO no ambiente corporativo é o aumento do uso de iPhones e iPads. Esse motivo, segundo Geide, fez com que muitas companhias recorressem à Zscaler para levar segurança para redes sem fio e reduzir os riscos com o uso dos dispositivos móveis.

O executivo constata que os funcionários estão mais propensos a se conectar às redes corporativas para acessar aplicações pessoais, principalmente redes sociais e conteúdo multimídia, como streaming de vídeo. Eles evitam 3G para acessar essas aplicações por seu iPhone porque elas consomem muita banda e nem todos têm pacotes de dados móveis ilimitados.

Geide destaca que o iPhone também se mostrou mais presente nas redes corporativas de hospitais, usados por pacientes e seus visitantes. Muitos se conectam às redes Wi-Fi desses locais enquanto estão nas salas de espera."Vamos ver um aumento de tráfego por dispositivos móveis nesses locais”, prevê o executivo.

Outra pesquisa confirma que os usuários do iPhone são mais ativos nas redes corporativas do que aqueles que utilizam dispositivos Android. Dados da empresa Chitika, que monitora o tráfego de publicidade online, mostram que o iOS representa 67% do acesso móvel tráfego contra 28,7% pelo Android em ambientes de trabalho.

Impulso do BYOD
O crescimento do movimento BYOD (do termo em inglês Bring Your Own Device), que permite que funcionários levem dispositivos móveis pessoais para o ambiente corporativo também revela que o acesso às redes sociais foi afetado por políticas empresariais cada vez mais rigorosas.

A pesquisa da Zscaler mostra que os acessos ao Facebook dentro das empresas por dispositivos móveis diminuiram progressivamente e representram 41,7% de todas as transações da categoria de aplicativos web no primeiro trimestre de 2012, ante 52,04% no mesmo período em 2011. Na avaliação de Geide essa queda tem a ver com a decisão das empresas de reprimir o uso de redes sociais no trabalho. O estudo mostra que o número de organizações que bloqueiem o acesso a sites de redes sociais cresceu de 2,46% em janeiro para 3,99% em março.

No entanto, os acessos ao Twitter aumentaram de 6,39% para 7,44%. Geide diz que vários fatores estão contribuindo para a migração do Facebook para o Twitter no local de trabalho. Um deles é a percepção das empresas de que esses sites impactam na produtividade. Talvez por causa dos aplicativos adicionais disponíveis no Facebook, o Twitter é visto como o menor dos males, acredita o executivo.

"Enquanto o Twitter é considerado uma ferramenta para troca rápida de informações, o Facebook é visto como uma plataforma para jogar conversa fora. Você pode instalar jogos e fazer uma série de coisas no Facebook que não seriam possível no Twitter.", avalia Gleide destacando o quanto as empresas temem o uso da rede social de Mark Zuckberger.

A segurança é outro motivo, na avaliação de Geide. Embora o Twitter tenha sido alvo de ataques em larga escala, é visto pelo especialista como uma opção mais segura que o Facebook.

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