segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Veja 10 maneiras erradas de um gestor motivar sua equipe

Para especialistas, gestores esquecem que os profissionais se motivam de formas diferentes, o que pode gerar efeito contrário

Infomoney
O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.
Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:
1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.
Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.
2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.
3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.
Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.
4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.
5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.
A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.
6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.
Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.
7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.
8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.
9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.
10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lâmpada que funciona com energia solar

N200, da Nokero, é uma lâmpada de LED que precisa apenas da energia solar para funcionar. Ela tem um sistema com painel solar que pode fornecer de 2 horas e meia a 6 horas de luz por noite conforme o módulo de alto e baixo consumo, respectivamente.
A lâmpada deve ser exposta ao sol diariamente e sua bateria dura cerca de um ano e meio e pode ser substituída. A N200 custa 20 dólares e é ideal para levar em um acampamento, porém é mais útil para as regiões que ainda não tem energia elétrica e principalmente para situações emergências como calamidades.







Casa modular sustentável pode ser a solução para favelas brasileiras

O escritório alemão Bike Arc é o responsável pela criação do projeto de casa modular super eficiente e sustentável que visa o aproveitamento do vento e da iluminação natural para gerar conforto no interior da residência.

As construções de casas modulares são excelentes soluções de arquitetura sustentável, pois proporcionam uma construção mais rápida e evitam desperdício e sobras de resíduos e materiais de construção, já que toda a quantidade de material tem planejamento preciso, isso tudo, atendendo as necessidades das famílias de qualquer tamanho. É só acrescentar mais um módulo na casa principal para criar mais um quarto por exemplo.

É esse tipo de iniciativa que deveria chamar a atenção de nossos políticos para solucionar os problemas de moradia e de crescimento desordenado em nosso país.


Redação Arquitetura sustentável,  com informações e fotos em Hypeness

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Veja como uma parede verde pode revitalizar a fachada de um estabelecimento comercial. O projeto do paisagista Charles Hugo deu uma nova "cara" ao pequeno restaurante Cava em New Hampshire, EUA.
Fotos: Lynn Felici-Gallant

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica


Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Antes e Depois: fachada de restaurante ganha vida com parede ecológica

Transporte coletivo com racks para bicicletas

As bicicletas são o transporte perfeito para pequenas distâncias. O ideal para maioria das cidades é o equilíbrio entre transporte público e ciclovias. Para que isso seja feito, os ônibus deve possuir racks para transportar as bicicletas dos ciclistas. Veja alguns modelos de racks:

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Milwaukee, EUA - Foto: The Bike Fed

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Seattle, EUA - Foto: Oran Viriyincy

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Fuom, Suíça - Foto: nozoomii

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Kansas City, EUA - Foto: MoBikeFed

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Califórnia, EUA - Foto: Albert Freeman

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Bagé, RS, Brasil - Foto: Massa Crítica

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Rhode Island, EUA - Foto: RI PhotoMan

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Cardiff, Reino Unido - Foto: Next Stop Please

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Santa Monica, EUA - Foto: DOLINICK

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Pittsburgh, EUA - Foto: Bikepgh

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Foto: Bikes on Transit

Transporte coletivo com racks para bicicletas
Cincinnati, EUA - Foto: Metro Cincinnati

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Paletes de madeira viram forro de parede [fotos]

O problema do forro de paletes pode ser as imperfeições que podem aparecer com relação à parede. A ideia principal desse projeto é dar um visual rústico ao ambiente.

Paletes de madeira viram forro de parede

Paletes de madeira viram forro de parede


Paletes de madeira viram forro de parede

Paletes de madeira viram forro de parede

Paletes de madeira viram forro de parede

Paletes de madeira viram forro de parede

Painéis de bambu e energia solar na Maison Passive, França

O escritório francês Karawitz Architecture projetou a Maison Passive, uma casa ecológica em Bessancourt, na França. Esteticamente, a casa é uma réplica abstrata das casas tradicionais. O princípio do projeto consiste em uma excelente orientação solar, onde a fachada voltada para o norte (que corresponde à nossa fachada sul aqui no hemisfério sul), com poucas e pequenas janelas, limita as perdas de calor, e as grandes aberturas voltadas para o sul (corresponde à nossa fachada norte) permitem a entrada de luz natural no interior da casa, tirando proveito da energia solar como recurso natural inesgotável. Uma segunda pele formada por painéis de bambu envolve toda a casa, ajudando a controlar a insolação e a ventilação natural, propiciando maior conforto aos moradores em função de um melhor equilíbrio da temperatura e da umidade, e de uma melhor qualidade do ar. Os painéis fotovoltaicos no telhado complementam o projeto, reduzindo o consumo de energia da Maison Passive a um décimo do consumo de uma casa tradicional.
Fonte: Innatu

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Relatórios Project



RELATÓRIOS DE PROGRESSO PARA MELHORAR O DESEMPENHO

No post da semana passada, vimos tendências para as comunicações em gerenciamento de projetos, incluindo melhores formas de organizar e distribuir informações. Os stakeholders estão se tornando cada vez mais sofisticados (Kerzner, 2011), o que exige maior atenção dos gerentes de projetos.
Conseqüentemente, não basta apenas que as informações prestadas pelos GPs sejam confiáveis, elas precisam ser úteis e, se possível, fácil de visualizar e compreender.
Todo gerente de projeto sabe que os relatórios de progresso são ferramentas muito importantes. A função desses relatórios vai além da distribuição de informações aos stakeholders. Os relatórios de progresso atendem a duas necessidades essenciais para o sucesso dos projetos:
  • Monitoramento
  • Tomada de decisão
No Guia PMBOK 4ª edição (PMI, 2008), a técnica do valor agregado é apresentada como uma ferramenta de monitoramento e controle. O gerenciamento do valor agregado permite acompanhar o andamento das três linhas de base do projeto: escopo, tempo e custo. Neste linkhá uma explicação sobre a utilização do valor agregado (para um estudo mais aprofundado, consulte esta dissertação de mestrado). Existem vários artigos e livros sobre o assunto. A grande dificuldade está na implementação do gerenciamento do valor agregado.
Figura 1 – Gerenciamento do Valor Agregado
Figura 1 – Gerenciamento do Valor Agregado
Atualmente, existem diversos softwares de gerenciamento de projetos disponíveis (já se inscreveu no PM Tools para conhecê-los?). Muitos desses softwares são ferramentas poderosas, mas geralmente subutilizadas… Uma das facetas pouco exploradas são os relatórios. Usualmente, utilizamos apenas os relatórios padronizados oferecidos pela ferramenta, às vezes com algumas customizações. Entretanto, é possível não apenas customizar, mas criar relatórios que sejam adequados aos nossos projetos, pensando inclusive nas tendências de infográficos e dashboards.
Obviamente, nenhum software gerencia projetos. Eles dependem das informações dos membros da equipe do projeto e seu gerente para auxiliar no planejamento, monitoramento e controle do projeto. Um problema freqüente é a atualização incorreta das informações de progresso do projeto. Tanto membros de equipe quanto o gerente do projeto precisam de disciplina para atualizar as informações do projeto periodicamente e corretamente.
Os relatórios, não apenas de progresso, devem ser simples de compreender e úteis aos stakeholders. Logo, devem ser customizados para grupos de stakeholders, de acordo com suas necessidades de comunicação. No PRINCE2 (OGC, 2009), diferentes tipos de relatórios fazem parte da metodologia, como por exemplo: Highlight report, Exception report, Checkpoint report, End stage report, End Project report. Cada um desses relatórios tem informações adequadas  para um público-alvo diferente.
Figura 2 – Exemplo de relatório
Figura 2 – Exemplo de relatório
A ausência de relatórios de progresso ou a utilização de relatórios incorretos, incompletos ou difíceis de compreender prejudica o desempenho do projeto. Se não soubermos o que estamos controlando ou não tivermos informações sobre a execução, torna-se difícil, senão impossível, identificar as áreas que necessitam de maior atenção. Por isso, os relatórios são peça fundamental para aumentar o desempenho no gerenciamento de projetos e obter sucesso nos projetos.
Os relatórios de progresso não são feitos apenas para os stakeholders externos do projeto, embora muitos GPs vejam esses relatórios como uma obrigação (“apenas para cumprir tabela e deixar os stakeholders felizes”). Os relatórios do projeto são ferramentas de engajamento e motivação para os stakeholders externos e, principalmente, para os stakeholders internos.
Do ponto de vista do gerente do projeto, sem um bom relatório não é possível controlar o projeto. Do ponto de vista dos membros da equipe do projeto, a ausência de relatórios, acompanhamento e feedback os deixa perdidos. Além disso, não conhecer o progresso do trabalho que se está realizando é um fator de desmotivação. Ricardo Vargas (2004, 2005), apresenta uma abordagem muito interessante sobre a “Utilização dos Índices da Análise de Valor Agregado Como um Fator do Desenvolvimento do Time e Como uma Ferramenta de Bonificação”, vale a pena ler.

Hotel Container


Hotel móvel pode ser montado em 48 horasEmpreendimento é construído a partir de contêineres
Snoozebox é um hotel móvel construído a partir de contêineres e com capacidade para abrigar hópedes sob o conforto de uma casa. Os quartos acomodam de duas a quatro pessoas, com camas de casal e beliches adjacentes. Além disso, o espaço é equipado com wi-fi e televisores de tela plana, para promover o entretenimento.

Painel Solar


Empresa americana desenvolve placa solar com o formato de uma telha de barro

Converter a luz do sol em eletricidade não significa necessariamente fazer uma cobertura no telhado com painéis solares sem graça. A empresa SRS Energy, da Filadélfia, desenvolveu uma placa, a Solé, que faz esse trabalho sem comprometer a estética: tem o formato de uma telha de barro, na cor azul escuro. O produto foi especificamente produzido para ser compatível com as telhas de cerâmica fabricadas pela empresa parceira E.U.Tile - assim, será dada aos seus clientes a opção de cobrir uma seção de seu telhado com a nova versão, mais fashion, das placas fotovoltaicas.

As telhas já estão disponíveis no mercado americano, mas ainda não chegaram ao Brasil. A SRS Energy diz que as telhas Solé, feitas de um polímero de alta performance usado frequentemente nos para-choques de automóveis, são leves, inquebráveis e recicláveis.

Em solo brasileiro, por outro lado, está sendo instalada, no Estado de Pernambuco, a primeira fábrica de painéis para geração de energia das Américas - a Eco Solar do Brasil. A fábrica terá capacidade anual de produzir 850 mil painéis fotovoltaicos, responsáveis pela captação e armazenagem da energia solar. A grande fornecedora de tecnologia para a Eco Solar é a suíça Oerlikon Solar, com mais de 100 anos de atuação.

O presidente da Eco Solar, Emerson Kapaz, explica que uma placa tem capacidade para armazenar até 150 watts. Um diferencial da tecnologia adotada pela empresa, chamada de "filme fino", é que as placas são feitas de material 100% limpo, mais eficiente e mais barato, garante ele:

- Essa é uma tecnologia que tem um custo acessível. No início, iremos trabalhar com 80% da produção para o mercado brasileiro e apenas 20% para exportação.

O preço da placa fotovoltaica, com capacidade de armazenar até 150 watts, deve ficar em cerca de R$ 320. Para uma casa com quatro pessoas, por exemplo, seriam necessárias seis placas (R$ 1.920) e a economia de energia seria de aproximadamente 30%. Hoje, o custo de uma placa com potência de 135 watts gira em torno de R$ 1,5 mil.

Fonte: O globo

O multi-homem possível


Ser multitarefa virou exigência básica para trabalhar. Mas, por trás desse lugar-comum, há mais de uma maneira de realizar muitas coisas

Simone Cunha (redacao.vocesa@abril.com.br), Edição: Murilo Ohl /  10/05/2012Share
Ler um anúncio de vaga de emprego transformou-se em uma atividade das mais angustiantes. a descrição de funções de alguns cargos chega a sufocar. Veja, por exemplo, o que o Facebook exige dos candidatos ao cargo de executivo de contas de clientes para a américa latina, com base em São Paulo: desenvolver a estratégia de vendas, estabelecer metas para vendedores, dar apoio a projetos da matriz e comunicar resultados claramente. São 14 responsabilidades ao todo.

Quando alguém se depara com uma vaga como essa, logo lembra que hoje o mercado va- loriza o chamado profissional multi- tarefa, aquele capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo — afinal, só assim para dar conta do trabalho.

Ao notar o pavor que seus alunos expressavam diante da necessidade de se desdobrar em muitos, a pes- quisadora Keri Stephens, professora de comunicação da universidade de austin, no Texas, decidiu aprofun- dar-se num estudo sobre o assunto, publicado em janeiro deste ano. após analisar 63 estudantes da instituição em dois grupos focais, Keri identificou que as pessoas se comportam de três maneiras distintas na hora de lidar com atividades no trabalho.

Há aquelas capazes de realizar várias coisas ao mesmo tempo; as que assumem muitas tarefas e as organizam em sequência, fazendo uma de cada vez; e aquelas que pre- ferem concentrar-se em uma coisa só. “o importante é descobrir qual é o seu estilo”, diz Keri, explicando que conhecer o próprio perfil per- mite ao profissional escolher melhor seu emprego e levar uma vida mais produtiva e menos estressante.

Pouca gente se encaixa, segundo a pesquisadora, na imagem popular do multitarefa, aquele que de fato faz tudo ao mesmo tempo. a maior parte (45% dos entrevistados) de- clara a preferência por ter tarefas múltiplas, mas acaba optando por organizá-las em uma fila. São os multitarefa sequenciais. “Esse é o tipo dominante”, diz Keri. Os parti- cipantes da pesquisa eram jovens estudantes universitários, justamen- te os que são mais estimulados a fazer muitas coisas ao mesmo tem- po. Mesmo entre eles, ficou eviden- te o desconforto com a exigência de se desdobrar em papéis diversos. Resta o monotarefa, profissional que busca a perfeição numa única ativi- dade.

Esse gosta de dedicar dias (ou até meses) a um trabalho. Para esse grupo, o uso da fantasia de poliva- lente significa um consumo altíssi- mo de energia — é quem mais sofre com o predomínio do padrão multi- tarefa. Para esse perfil, o destino parece ser o trabalho solitário, típi- co de especialistas. “São funções que exigem concentração”, diz Keri.

Fábio Nabozni, de 37 anos, geren- te nacional de vendas da Novartis, e Maria Priscila Alves, de 30 anos, diretora da agência de comunicação Mapa, são casados e demonstram preferência por trabalhos de ativi- dades múltiplas. A forma como fa- zem isso, porém, é diferente. Ela toca tudo simultaneamente. “Faço várias coisas ao mesmo tempo para não deixar nenhum trabalho pen- dente”, diz Maria Priscila. Já Fábio se encaixa no perfil do multitarefa sequencial. “

Maria Priscila Alves, da agência Mapa: “Faço várias coisas ao mesmo tempo para não deixar nenhum trabalho pendente”

Programo o dia para fazer uma coisa de cada vez e dele- go tarefas para não deixar nada incompleto” diz Fábio. Cada tipo de profissional tem seu lugar no mercado de trabalho. O multitarefa simultâneo é mais vol- tado para a troca de informações e ideias, a colaboração e a interação. Do sequencial é de se esperar maior análise, planejamento e decisões estratégicas. Os monotarefas cos- tumam ser bons em funções que exigem alto nível de especialização, precisão e paciência e, em tese, devem ficar longe de cargos de ges- tão.

“Há oportunidades para dife- rentes perfis em diferentes tipos de emprego e de empresa”, diz Beatriz Collor, responsável pela área de recrutamento e seleção da Crossing BPI, de São Paulo, que procura evi- tar o discurso-padrão de que bom é o multitarefa simultâneo. “Bana- lizou-se a ideia de que todos preci- sam de um profissional multitarefa, o que não é necessariamente ver- dade”, afirma Beatriz. A headhunter menciona que re- centemente contratou um especia- lista em impostos para uma multi- nacional europeia.

O profissional era totalmente monotarefa, metó- dico e acostumado a trabalhar só, tanto que pediu uma sala isolada. Semanas após a contratação, o RH da empresa reclamou, dizendo que o especialista falava baixo e era introspectivo demais. Beatriz con- cordou. “Foi justamente por isso que o escolhi”, diz ela. A organiza- ção ficou com ele.

Para quem almeja cargos de ges- tão, no entanto, a capacidade de executar múltiplas atividades é de extrema importância, pois é neces- sário administrar entregas de ou- tros profissionais. “A tendência é que essa competência seja cada vez mais requerida e exigida de execu- tivos”, diz Bárbara Will, diretora de recrutamento da Business Partners Consulting. Um exemplo extremo e bem atual são os executivos de startups e de companhias que estão iniciando operações no país, lugares em que o negócio ainda não foi es- truturado em torno de processos e áreas. “O mesmo profissional toma decisões estratégicas enquanto sai para escolher carpete”, diz Bárbara.

A evolução tecnológica é apontada como um dos fatores para o aumen- to do número de atividades no tra- balho. Redes e equipamentos de comunicação facilitam a troca de informações, mas as atividades ain- da levam tempo para ser executa- das. Só que as empresas atropelam os prazos constantemente. “Trata- se de um paradoxo organizacional”, diz Dulce Penna Soares, professora do departamento de psicologia da Universidade Federal de Santa Ca- tarina. “Se o chefe pede para resol- ver um problema e você se recusa porque tem de terminar um relató- rio, ele acha ruim”, afirma ela. “Mas, se não terminar o que já está fazen- do, você também será considerado incompetente”, diz.


Respeito ao ritmo
Adotar um ritmo diferente do pessoal vai levar à insatisfação profissional. Por isso, é preciso tomar cuidado. “Para conquistar uma vaga, as pes- soas tentam reproduzir o discurso- padrão do mercado e declaram ser uma coisa que não são”, diz Erika Falcão, consultora da Tríade, empre- sa de recrutamento do Rio de Janei- ro, que pesquisa o trabalho e novas tecnologias na Pontifícia Universida- de Católica do Rio de Janeiro. O ge- rente de marketing da Softplan, Marcelo Silveira, de 40 anos, mudou o rumo da carreira para encontrar seu ritmo. Deixou uma rotina de pro- fessor universitário e consultor de empresas para assumir um emprego fixo de executivo.

Marcelo Silveira, gerente de marketing da Softplan: “Tentei mudar de ritmo para fazer uma coisa de cada vez, mas confesso que me senti entediado”

“Cansei de corrigir provas enquanto atendia clientes e de fazer projetos enquanto aplicava provas”, diz. Por três meses, foi capaz de manter uma rotina dedicada ao marketing. Com o tempo, a vida monotarefa começou a parecer pregui- ça. O remédio foi voltar a se envolver em projetos de outras áreas para calibrar a dose exata de multiplicação. “Agora estou satisfeito”, diz Marcelo.

Vale lembrar ainda que, ao longo da carreira, um profissional prova- velmente vai se deparar com deman- das variadas, desde as que exigem máxima concentração até os ambien- tes mais dispersivos. Ainda que você identifique seu perfil, é importante entender como reagir em território inimigo.

“O multitarefa tem de ser ágil, mas não pode deixar de lado a profundidade quando o trabalho re- quer isso”, diz Augusto Puliti, diretor de consultoria da Michael Page. Em muitos casos, será preciso saber a hora de vestir o uniforme de multi- tarefa simultâneo, sequencial ou até monotarefa. E isso só vale até o próximo e-mail chegar.