quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As 10 causas mais comuns para o fracasso


Não ter objetivos ou escolher os objetivos errados podem ser fatais para quem começa uma empresa

Scher Soares
Muitas pessoas estudam o sucesso, mas não tantas estudam o fracasso. Fazê-lo é uma das maneiras mais pertinentes de se obter aprendizado contundente que crie anticorpos que ajudarão o empreendedor a se proteger da vontade de manter comportamentos que, com frequência, levam ao fracasso.

Como já sabemos, é mais inteligente atuar na causa, do que no efeito.Confira abaixo algumas das causas mais comuns do fracasso e aja sobre elas.

1. O velho truque de pôr a culpa nos outros
Você é daqueles que tem sempre um belo discurso para se esquivar? Cuidado.
2. O oposto da 1ª causa. A tendência imediata a se culpar e se rebaixar
A auto piedade gera auto censura que gera auto desprezo.
3. Não ter objetivos
A pergunta é: quando começaremos a viver como se compreendêssemos a urgência da vida?
4. Escolher objetivos errados
Fazer isso é dedicar esforços e orientar toda sua vida em função de algo que não se realizará.
5. O atalho
São muitas as formas de ceder à tentação e seguir pelo caminho aparentemente mais fácil e não fazer o necessário.
6. Escolher uma estrada longa demais
Não ver a linha de chegada pode desanimar e cansar, por isso planeje a rota antes.
7. Negligenciar pequenas coisas
A falta de atenção aos detalhes põe abaixo grandes obras.
8. Desistir cedo demais
Os homens não falham, eles desistem de tentar. Não pare em qualquer topada.
9. O fardo do passado
As crenças e padrões do passado continuarão cobrando o preço caso você não se resolva.
10. A ilusão do sucesso
O momento mais perigoso vem com a vitória. Com ela, vem a negligência e falta de concentração fatais.
*Scher Soares é um autor convidado do Saia do Lugar e um dos empreendedores por trás do Grupo Triunfo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Produtos Ecológicos Encontram Espaço na Internet



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O crescimento foi fenomenal. Desde seu lançamento em 2010, o portal Greenvana Store se tornou o principal site de vendas online de produtos sustentáveis. São cerca de dois mil produtos oferecidos por uma das três maiores marcas de varejo brasileiro na Internet e mais de meio milhão de seguidores na rede social Facebook.
Em julho de 2011, a empresa assegurou R$4,5 milhões do Banco Santander que comprou uma participação minoritária na empresa, visando crescer junto nesse setor de mercado de produtos verdes e sustentáveis. Esse dinheiro está ajudando no plano de investimento de R$10 milhões nos próximos três anos, pelo qual a empresa quer manter sua posição de liderança.
A Greenvana Store é parte de um conglomerado de informações sobre comércio sustentável e estilo de vida que inclui o Greenpedia – enciclopédia on-line sobre sustentabilidade – o Greengle – sistema de buscas associadas à plantação de árvores a cada seis mil buscas realizadas – o Greenstyle – portal de notícias – e o Greenforma – portal de materiais e serviços de construções sustentáveis.
Pretendemos manter nossa liderança, e vemos nossa atuação como um jeito de incentivar as tecnologias e produtos que agridem menos o meio ambiente”, explicou Felipe Lobo, gerente de conteúdo da empresa.
Para ele, o grande motivador para essas compras é o debate constante feito pela imprensa, que aumenta o grau de consciência da população.
A Greenvana é controlada pela Brasil/CT, presidida por Marcos Wettreich, que fundou o Ibest e mais uma dezena empresas focadas em internet, foi o mentor do projeto quando percebeu em 2009 o crescimento desse mercado. Juntando as duas tendências – de busca por produtos sustentáveis e o comércio eletrônico – o empreendedor carioca resolveu investir nos dois setores que já vinham em plena ascensão. Em 2012, segundo projeções da empresa a Emarketer, o comércio eletrônico no Brasil deve crescer mais de 20% em 2012, atingindo US$18 bilhões.
Por outro lado, a segmentação e a comunicação quase que direta que a internet e as redes sociais permitem, levou a Greenvana a superar a barreira do preço que limita velocidade de venda de produtos sustentável em lojas físicas, pois encontrou o nicho de consumidores que entendem esta linguagem de dentro da rede.
Sendo empresa fechada, ela não revela os números de faturamento, mas Porto assegurou que a demanda está crescendo e deve continuar. Recentes pesquisas de consumo consciente, apesar de mostrarem que os consumidores aceitam, em geral, pagar até 10% mais caro por produtos sustentáveis, o que mais pesa na decisão de compra para 35% dos consumidores é o preço, seguido das características do produto (19%) e das marcas (16%). Apenas 9% levam em conta desempenho socioambiental.
Os produtos são um pouco mais caros”, lembrou Lobo, “Mas as pessoas cientes têm a percepção de que apesar dos custos mais altos que os produtos convencionais, elas têm a consciência que haverá não só retorno financeiro à longo prazo, mas também um benefício para o meio ambiente”.
Um dos pontos que devem ajudar na credibilidade da empresa, que é essencial para qualquer empresa que se lança no mercado de consumo consciente, são os critérios de avaliação dos produtos de uma forma transparente. Para uma empresa ter seu produto entre os 2000 no site do Greenvana, ela precisa passar pelo crivo que inclui 17 critérios. Entre estes, dois são imprescindíveis: devem ter um selo de reconhecimento do setor em que se insere e não conter produtos tóxicos. Os outros critérios incluem eficiência energética, embalagem e quantidade de materiais reciclados, entre outros.
Existem outros sites de vendas on-line de consumo sustentável como o Ecoeficiência, portal de materiais verdes do Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio vargas, o MadeInForest, o Meu Mundo Sustentável, além do Selo Verde do Buscapé e a seção de Produtos Sustentáveis oferecidos no site do WalMart.
Felipe acredita que estamos apenas no início, mas ele espera que um dia sites especializados como o dele não serão necessários, já que o processo produtivo vai mudar.
Tomara que um dia não seja necessário um site desses, pois os danos ambientais da produção são absolutamente visíveis”, concluiu.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Como organizar seus milhões de projetos na sua agenda


Nos dias atuais é muito comum cada um de nós ter vários projetos para tocar, principalmente quando começamos a gostar de trabalhar como empreendedores e atuar verdadeiramente na criação de novos negócios. Além da vida profissional, ainda temos a nossa vida pessoal que nos joga inúmeros outros compromissos que também precisam ser satisfeitos. O problema é que na vontade de fazer tudo, acabamos não fazendo nada e não indo pra frente. Bons projetos ficam só na intenção e não realizamos praticamente nada daquilo que gostaríamos de ter realizado. A solução para este problema é se organizar da melhor maneira possível, dizer não a novas demandas e se concentrar para não perder o foco durante os dias de trabalho. Abaixo, vão as minhas dicas que hoje utilizo na minha vida para administrar 6 negócios e 4 filhos.

1. COMPRE UM QUADRO BRANCO PARA ANOTAÇÕES
Neste quadro, localizado no seu escritório ou no lugar onde mais trabalha, ficarão anotados os seus projetos e metas maiores, não as tarefinhas diárias. Apenas os objetivos maiores que você deseja atingir. Ele é importante para tirar as coisas da sua cabeça e deixá-las anotadas organizadamente em um lugar bem visível e claro, dando-lhe noção do que você tem pela frente.
2. MANTENHA SUA CAIXA DE E-MAILS VAZIA
Não organize as suas tarefas na sua caixa de e-mail. Ao ler um e-mail ou você encaminha para outra pessoa responder, ou você responde, ou você cria uma tarefa para você realizar e arquiva aquele e-mail. Toda vez que você abre a sua caixa de e-mail e vê lá o título de cada um, seu cérebro gasta energia processando todas as sinapses envolvidas com a questão de cada um daqueles e-mails.
3. FECHE SEU PROGRAMA DE E-MAILS APÓS LER OS SEUS E-MAILS
É muito importante para quem trabalha entender que se um cliente precisar de algo urgente de você, ele preferirá ligar para o seu telefone ao invés de enviar um e-mail. Portanto, desligue todos os alertas de novos e-mails do seu computador e celular e após ler os seus e-mails feche o seu programa de leitura de e-mails para focar na execução das tarefas que apontou para aquele dia. Só volte a abrir e-mails quando quiser gerar novas tarefas para si, mantendo-se atento a cumprir isto de forma radical para evitar perda de foco ao longo do dia de trabalho.
4. CONTRATE UM SISTEMA GERENCIADOR DE PROJETOS E TAREFAS
Eu uso o Teamwork para gerenciar os meus projetos e tenho tido relativo sucesso em tirar as tarefas da minha frente simplesmente checando lá as tarefas que criei. Ele não tem qualquer aplicativo de “instant messaging” e permite não só gerenciar seus próprios projetos como também gerenciar uma equipe de trabalho. Outra alternativa também válida, é você ter uma agenda ou um outro quadro branco para anotar as tarefas que precisa executar, facilitando o processo de leitura das tarefas e execução. De forma alguma, mantenha várias listas de tarefas em vários aplicativos. Mantenha todas em um mesmo lugar e pronto.
5. ESTABELEÇA HORAS PARA DIVERSÃO E DESCONTRAÇÃO
Crie algumas janelas no seu dia de trabalho para sair um pouco da frente do computador, ou navegar nas redes sociais e YouTube. Não fique o tempo todo checando o que há de novo nesses aplicativos para não se perder na sua organização. E, mais importante, de maneira nenhuma deixe ligada a funcionalidade de notificação de redes sociais no seu celular, pois isto é o que mais torna a vida de alguém, uma vida improdutiva.
Se você seguir estas dicas ou criar novas maneiras para se organizar, verá que conseguirá de forma extraordinária cumprir com os seus afazeres como microempreendedor e fazer muito mais pela sua vida e seus sonhos a cada dia.
Qual estratégia você utiliza para organizar seus milhões de projetos?

A Retórica de Aristóteles

Retórica (em grego Τέχνη ρητορική, em latim Ars Rhetorica), é um texto do filósofo grego Aristóteles de Estagira. É composto por três livros (I: 1354a - 1377b, II: 1377b - 1403a, III: 1403a - 1420a) e não existem dúvidas acerca da autenticidade da obra.
Ao que tudo indica, o objetivo de Aristóteles com sua Retórica é dar um tratamento eminentemente filosófico ao tema em oposição ao tratamento descuidado que os retores e sofistas daquele tempo davam ao tema. De modo mais específico, muitos acreditam que a reflexão aristotélica sobre o tema foi uma resposta à concepção retórica de Isócrates de Atenas. Ao contrário de Platão, que no diálogo Górgias condena a retórica e no diálogo Fedro subordina a retórica à filosofia, a investigação aristotélica acerca da retórica — mesmo que eminentemente filosofica — procura conferir autonomia para a técnica retórica, desvinculando-a da vigilância da filosofia (coisa que Platão discordava por considerar a retórica eticamente perigosa).
Segundo o filósofo:
"A retórica é a outra face da dialética; pois ambas se ocupam de questões mais ou menos ligadas ao conhecimento comum e não correspondem a nenhuma ciência em particular. De facto, todas as pessoas de alguma maneira participam de uma e de outra, pois todas elas tentam em certa medida questionar e sustentar um argumento, defender-se ou acusar" (Rhet., I, 1354a).
No livro I, Aristóteles analisa e fundamenta os três gêneros retóricos: o deliberativo (que procura persuadir ou dissuadir), o judiciário (que acusa ou defende) e o epidítico (que elogia ou censura). Além disso, argumentos em favor da utilidade da retórica são apresentados bem como uma análise da natureza da prova retórica que é o entimema, um silogismo derivado;
No livro II, o plano emocional é análisado em sua relação com a recepção do discurso retórico. Uma série de elementos, como a ira, amizade, confiança, vergonha e seus contrários são analisados, bem como o caráter dos homens (p.ex. o caráter dos jovens, o caráter dos ricos). Neste livro, também volta-se a analisar as formas de argumentação, são apresentados uma série de tópicos argumentativos, o uso de máximas na argumentação e o uso dos entimemas;
No livro III, o estilo e a composição do discuro retórico são analisados. Além de elementos como clareza, correção gramatical e ritmo, o uso da metáfora e as partes que compõem um discurso também estão presentes neste livro.
Com esta obra, Aristóteles lança as bases da retórica ocidental. Teoricamente, a evolução da retórica ao longo dos séculos representou muito mais um aperfeiçoamento da reflexão aristotélica sobre o tema do que construções verdadeiramente originais.

domingo, 21 de outubro de 2012

Poda em citros

Poda já é uma realidade

Os plantios adensados têm gerado uma nova citricultura. As operações de poda têm se tornado imprescindíveis, pois permitem manter alta a produtividade. Conheça mais sobre esta importante técnica.

A poda compreende um conjunto de operações que cortam e suprimem ramos da copa das plantas para modificá-las e adaptá-las às condições de cultivo comercial. Em alguns países produtores de cítricos, a poda é uma prática utilizada havia bastante tempo e de forma corriqueira. Nos países listados, que tive a oportunidade de visitar, todos praticam a poda, resguardadas algumas particularidades: EUA - Estados Unidos da América, África do Sul, Uruguai, Argentina e Brasil. Nos EUA, por exemplo, a poda da árvore cítrica é quase exclusivamente mecanizada e feita lateralmente e no topo das árvores. Até para produção de frutas in natura a poda é mecanizada. Neste caso a poda drástica é recomendada, pois desta forma há uma diminuição no número de frutos por árvore, mas em compensação há um aumento no tamanho e na qualidade do fruto. Na África do Sul a poda acontece de forma mecanizada e manual, embora a fruta também seja destinada ao mercado de frutas in natura. Na lateral e topo das árvores a poda é mecanizada, já na “saia”, a poda é manual. A poda da “saia” da árvore cítrica é feita com o objetivo de não deixar os frutos entrarem em contato com o solo e assim evitar o aparecimento de manchas e danos nos frutos, o que seria indesejável comercialmente. O Uruguai utiliza predominantemente a poda manual, em função de se tratar de variedades mais específicas, como diversos tipos de tangerinas, e onde mais de 90% da fruta vai para o mercado in natura. O refugo é processado para produção de suco. A poda no Uruguai visa diminuir os danos causados por ventos (rameado) e também proporcionar um aumento no tamanho dos frutos. Na Argentina, assim como no Uruguai, a poda manual é bastante utilizada, inclusive pelos mesmos motivos. Mas tive a oportunidade de constatar que também é comum a ocorrência da poda mecanizada. Historicamente aqui no Brasil, a poda era utilizada por grandes grupos e por produtores de frutas frescas, e ainda assim ocorria em pequena escala. No entanto, as dificuldades enfrentadas pelos Citricultores nos últimos anos, levaram-nos a buscar soluções, incluindo entre tais, as otimizações dos pomares, resultando em plantios mais adensados. Este adensamentos têm tornado indispensável a prática da poda. Nos espaçamentos utilizados nos últimos 10 anos, já era imprescindível podar, a partir do 10º ao 14º ano. Nos espaçamentos atuais a operação de poda deverá ser antecipada e ocorrer a partir do 4º ano.

Objetivos da poda


Para que se possa trabalhar com poda é preciso conhecer o hábito de crescimento das variedades de citros. Na maioria das variedades o crescimento ocorre na direção vertical em função da dominância apical dos ramos. Enquanto não for quebrada essa dominância apical, as gemas laterais não brotam, permanecendo dormentes. A dominância apical só é quebrada quando estes ramos se arqueiam devido ao seu próprio peso ou em função do peso dos frutos. Quando isto ocorre as gemas mais próximas da extremidade do ramo começam a brotar com mais vigor, iniciando assim um novo ciclo de crescimento e produção de frutos até ocorrer um novo tombamento. Com este tipo de crescimento vão se formando camadas, onde os ramos de baixo ficam sombreados e acabam secando. Estas árvores acabam perdendo vigor e consequentemente ocorre uma diminuição na produção e qualidade dos frutos. Para minimizar os efeitos acima, recomenda- se a utilização da poda que objetiva:
• propiciar à planta uma armação vigorosa, forte, sólida, constituída por ramos dispostos em forma adequada para suportar o peso da safra, melhorando assim a aeração e a iluminação;
• criar um ambiente desfavorável para a proliferação de pragas e doenças nos pomares;
• conseguir um equilíbrio entre a vegetação e frutificação, assegurando desta forma uma produção contínua, regular e com qualidade comercial;
minimizar efeitos negativos de sombreamento interno na copa e nas árvores vizinhas;
favorecer os tratos culturais.
Na prática, a poda hoje no Brasil deve ser utilizada para obtenção de um maior volume de copa aproveitável possível por hectare, evitando perda da “saia” da planta onde ocorre 2/3 da produção, e permitir maiores adensamentos que resultem em uma maior produtividade por área.

Tamanho de plantas X área de produção de frutos


A produção de frutos nas árvores de citros está localizada onde há maior captação de luz ,ou seja, ao longo de 90cm da copa de fora para dentro. No interior da copa quase não há frutos, servindo apenas para sustentação da mesma, como mostra a figura 1, baseada na publicação “Citrus Tree Pruning Principles and Practices” de D.P.H. Tucker, T.A. Wheaton and R.P. Muraro. Quando da visita técnica do GTACC à África do Sul, obtivemos relatos da produtividade sul-africana de 80 t/ha em plantio médio de 5,00m x 2,00m. Tais números nos causaram espanto e nos deixaram curiosos sobre o porquê de espaçamentos tão adensados. Essa dúvida nos foi esclarecida pelo trabalho de Tucker, Wheaton e Murano. Como podemos verificar, no espaçamento entre plantas de 5,00m, consideramos a área de trabalho de 2,50m onde podemos trafegar com tratores e equipamentos sem dificuldades. Desta forma, restarão então 2,50m do espaçamento, ou seja, 1,25m de raio para crescimento da saia de cada planta que, de acordo com o nosso esquema acima, desconsiderando os 0,35 m de área oca poderá ter 0,90m de área produtiva. Isso nos leva a entender como os citricultores da África do Sul conseguem o máximo de aproveitamento de sua área de plantio, obtendo altas produções/ ha

Época e intensidade de poda
Quando se pensa em poda, outro fator importante a ser considerado é a alternância de safra dos citros. Após um ano de safra alta, ocorre, no ano seguinte, uma queda na safra e com isso a planta tende a vegetar mais, com pouca frutificação. Neste caso a poda pode nos auxiliar pois permitirá um equilíbrio entre vegetação e frutificação, pro- A grande indagação dos citricultores é sobre a época certa para se realizar a poda. Esta deve ocorrer o mais distante possível da “emissão” da florada e “pegamento” dos frutos, preferencialmente após a colheita e no inverno. As variedades precoces não apresentam problemas quanto à época de poda. Nestes casos, como a colheita é realizada em junho e julho, a poda deve ocorrer logo em seguida, e ainda no inverno. Maiores dificuldades apresentam as variedades ‘Folha Murcha’, ‘Natal’ e ‘Valência’, pois se a poda for realizada antes da florada acarretará perdas na safra atual e por outro lado, se for realizada após a florada, ocorrerá perdas na safra futura. Porém, se realizada a poda leve - que é a considerada poda de produção – independente da época ocorrida as perdas não serão significativas podendo até acarretar, em alguns casos, um incremento na produção. A intensidade da poda é outro ponto muito questionado pelos citricultores. A experiência de campo nos mostra que podas severas (lateral e topo) devem ser evitadas, pois causam um excessivo rebrotamento com ramos de crescimento e não de produção. Com isso há uma redução na produção de frutos. Os ramos a serem podados devem possuir diâmetro inferior à 20 mm. Na tabela abaixo podemos observar a influência da intensidade da poda na produção.
Pela tabela 1, conclui-se que podas severas devem ser evitadas, exceto em casos onde o pomar já esteja fechando e dificultando os tratos culturais. Neste caso a poda drástica ou poda de correção é a única alternativa, porém, com conseqüente perda de produção que será recuperada após 1 ou 2 anos desta poda. Pelos dados apresentados acima concluímos também que podas leves podem inclusive aumentar a produção (vide linha 2 da tabela 1). O sucesso da poda dependerá também da freqüência de sua ocorrência.
• Quanto mais espaçadas se realizarem maior será a intensidade e o diâmetro dos ramos eliminados e os custos;
• Esta atividade deve ser iniciada antes da necessidade de podas intensas e em intervalos regulares para manter a planta na forma e no tamanho adequado;
• Combinações vigorosas de copa x portaenxerto devem ser podadas com mais freqüência (anualmente).

Equipamentos de poda

Os equipamentos de poda disponíveis hoje no mercado são basicamente de duas empresas, IFLÓ e KAMAQ. A IFLÓ possui hoje a Star – 3700LT que é uma máquina maior, ideal para pomares não adensados; e a Global que é ideal para pomares adensados. As duas máquinas podem fazer poda lateral e topo. A KAMAQ possui a Kortflex 350, ideal para poda de produção que é uma poda mais leve. Este tipo de equipamento também pode fazer poda lateral e de topo.

Sistemas de poda


Poda Lateral:

• deve ser iniciada logo após a planta invadir a área de trabalho, considerada de 2,50 m (Figura 1);
• quanto a intensidade, recomenda-se podar ramos com diâmetro inferiores à 20 mm;
• feita anualmente, ela é uma opção em função do vigor da planta, do tipo de solo e da nutrição;
• os ângulos de corte devem ficar entre 10º e 15º.
Ângulos menores permitem um rápido enfolhamento e re-brotamento nas partes superiores das plantas, provocando perda de saia. Ângulos maiores que 15º podem causar um grande desfolhamento na planta com redução de produção.

Poda de Topo:


• normalmente é realizada após a poda lateral;
• deve seguir os mesmos parâmetros da poda lateral com relação a intensidade da poda ( diâmetro < 20 mm );
• permite melhorar a incidência de luz na área produtiva da copa se mantida a altura da planta com no máximo, o dobro do comprimento da área de trabalho, para evitar sombreamento e perda de saia onde ocorre 2/3 da produção;
• a freqüência deve variar de 2 a 3 anos;
• o ângulo de corte deve variar de 0º a 45º.
O custo da poda é variável em função do tipo de equipamento utilizado, espaçamento do pomar e intensidade da poda, mas em geral o custo médio fica em torno de U$ 0,16 por planta. Após a poda é recomendado um tratamento de recuperação energética da planta com macro e micro nutrientes, além de uma pulverização com Cobre para proteção da planta.

Conclusão

A necessidade de aumentar a produtividade por hectare e também de minimizar os custos de produção, tem gerado uma nova citricultura com plantios cada vez mais adensados. Desta forma, as operações de poda lateral e topo têm se tornado imprescindíveis, pois elas permitem o manejo do tamanho e da forma das árvores em busca da manutenção do equilíbrio entre vegetação e frutificação, para obter uma boa produtividade com frutos de qualidade. Tal equilíbrio é desejável, pois evita alternância de safras propiciando boa produtividade por um período

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Portas e Janelas em PVC Belle Acoustique


Janela Quadro Fixo

Janela Maximar

Janela Guilhotina

Janela Oscilo-Batente

Janela com Persiana Interna, Externa ou Motorizada

Janela com Pinázio

Janela em Arco

Portas e Janelas de Giro

Portas e Janelas de Correr

Porta Recolhível

Porta Deslizante Paralela
Com design e tecnologia inspirados nos modelos europeus, as Portas e Janelas em PVC Belle Acoustique são produzidas industrialmente e com rigoroso controle de qualidade em todas as etapas do processo de produção, inclusive na extrusão dos perfis.

Bastante conhecidas e difundidas nos Estados Unidos e na Europa, onde já são utilizadas há mais de 40 anos, o uso de portas e janelas de PVC garante integração perfeita entre as aspirações de transparência, privacidade, facilidade, conforto e as necessidades de uma exigente edificação (estanqueidade, segurança e isolamento), sempre mantendo o melhor aproveitamento dos espaços, a decoração refinada e a liberdade das formas.


Características Técnicas



Propriedades

* Perfis de PVC com proteção UV (Raios Ultra Violeta)
* Perfis normatizados (ABNT)
* Garantia de 10 anos
* PVC é não inflamável e auto-extingüível
* Isolamento térmico
* Isolamento acústico
* Vedação total (estanqueidade)
* Recicláveis
* Fácil manutenção
* Não necessita pintura


Redução de ruído

* Oscilo-Batente com vidro-duplo, até 38db
* Caixilho de Correr com vidro-duplo, até 24db


Benefícios

Economia, Segurança e Conforto são alguns dos fatores diretamente influenciados pela escolha das esquadrias em um projeto. Antes de decidir, é preciso avaliar o desempenho das esquadrias quanto às seguintes características:

Conforto
As câmaras de ar e vidros duplos, a vedação hermética por gaxetas de EPDM e a tecnologia avançada do projeto proporcionam alta resistência a chuvas, ruídos, poluição, ventos, frio, calor e correntes de ar. Esta garantia de um excelente isolamento termo-acústico possibilita ambientes muito mais aconchegantes e silenciosos.

Segurança
As esquadrias em PVC Belle Acoustique são fabricadas com reforços de aço galvanizado colocados dentro de câmaras de ar estanques (sem contato com o meio externo). Isso proporciona às esquadrias resistência a ventos de mais de 195 km/h, atendendo à Norma Brasileira de Perfis de PVC para Esquadrias e à Norma de Forças Devidas ao Vento em Edificações (NBR6123). Além disso, o PVC é um material auto-extingüível, não propagando fogo em casos de incêndio.

Economia
Mesmo fechadas, as portas e janelas de uma casa são os locais por onde ocorre a maior perda de climatização. As esquadrias de PVC, graças ao seu excelente isolamento, possibilitam grande economia de energia. Outra vantagem relevante do PVC é a eliminação de gastos com manutenção e pintura, assegurando a melhor relação custo x benefício entre todos os materiais utilizados em esquadrias.



Durabilidade
As esquadrias de PVC Belle Acoustique apresentam mais durabilidade e resistência quando comparadas a outros materiais. O composto especial de PVC que forma os perfis foi testado em ensaios de envelhecimento acelerado e está em conformidade com a Norma Brasileira de Perfis de PVC para Esquadrias (ABNT 02:111.04-011). Os perfis são absolutamente resistentes à corrosão, putrefação, umidade, maresia, salinidades e a ações biológicas, como cupins, fungos e bactérias. E ainda, por não sofrer ações químicas de produtos como cimento, cal, gesso e tintas à base de PVA, as esquadrias podem entrar antes no cronograma da obra, facilitando a fase de acabamento.

Vantagens do PVC em relação às atuais matérias-primas


Isolamento Térmico
As portas e janelas Belle Acoustique garantem ambientes muito mais confortáveis termicamente, e ainda possibilitam economia de energia. Acompanhada da utilização de vidros duplos, as esquadrias possuem propriedades de isolamento térmico importantes, tanto no aquecimento quanto na refrigeração de ambientes.

Isolamento Acústico
O excelente desempenho em isolamento acústico das portas e janelas Belle Acoustique permite uma redução significativa nos ruídos dos ambientes. Aliadas a uma correta especificação de vidro, as esquadrias podem atingir facilmente atenuações de ruídos de 34 dB (decibéis), o que significa aproximadamente 60% de redução percebida.

Estanqueidade
As esquadrias Belle Acoustique possuem vedação dupla e solda térmica nos cantos, garantindo estanqueidade permanente contra água, vento e pó. Os perfis são indeformáveis e imunes ao aparecimento de frestas ao longo do tempo. Câmaras de drenagem fazem com que a água escoe para o exterior da janela novamente.

Beleza
Inspirada em linhas européias e com design diferenciado, possibilitam a adaptação a qualquer projeto arquitetônico.

Ecologia
O PVC é totalmente reciclável e não elimina substâncias tóxicas, portanto não prejudica o maio ambiente.


Modelos de Portas e Janelas

* Janela de Correr com ou sem persiana
* Janela Oscilo-Batente com ou sem persiana
* Janela Maximar
* Quadro Fixo
* Porta de Correr com ou sem persiana
* Porta Oscilo-Batente com ou sem persiana
* Porta de Giro
* Curva e Triângulos
* Vidros quadriculados (acabamento em pinázio)
* Bandeiras fixas ou móveis
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10 duras realidades sobre como conseguir investimento

A dica de hoje foi dada por Tim Berry no blog Entrepreneur.com
1. Você não é dono de sua idéia e ela não possui valor intrínseco, ela só possui valor se você criar um negócio a partir dela.
2. Descubra o quanto de dinheiro você precisará investir e se baseie em argumentos sólidos pra justificar esse investimento.
3. Empresas grandes não compram idéias.
4. Não queira qualquer investidorEscolha seu investidor como se estivesse escolhendo sua esposa.
5. Sobre encontrar investidores: Não pergunte as pessoas se elas estão interessadas, pergunte sobre quem elas conhecem que poderia ter interesse.
6. Procure bons mentores e associações de fomento ao empreendedorismo.
7. Não descarte a opção de que você terá que começar sem investimento. Tenha sempre um plano B.
8. Procure por parceiros mais experientes de sua área, pessoas em quem você confia e que já passaram pelo que você está passando.
9. Procure advogados com experiência comprovada. Peça recomendações.
10. Lembre-se que não é fácil vender uma idéia.
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A dificuldade de se encontrar investidores não deve te impedir de sair do lugar, lembre-se de que o melhor investimento inicial são suas primeiras vendas

Um lustre com potes de vidro

Você compra muita comida em conserva – tipo palmito, milho e champignon? E o que faz com todos aqueles potes de vidros?
A loja Treasureagain criou o lustre ecológico, que tem um aspecto rústico especial para a decoração para exteriores. A estrutura conta apenas com a armação, vidros em conserva e o pisca-pisca dentro:
O lustre, que foi inventado para uma festa no celeiro, já foi vendido até para casamentos e custa U$125,50.
Bacana, né? Que tal pensar algo parecido para a sua casa?
Clique aqui para saber o que fazer com o resto do seu lixo.
FONTE:
Blog do Rodrigo Barba

Container City: um novo conceito em arquitetura sustentável

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Da inutilidade à criatividade

Muitas coisas que compramos, consumimos, ou que usamos podem ter sido transportadas dentro de um container. Esses contêineres são usados para o transporte de mercadorias no mundo inteiro. Estima-se que 90% do movimento de mercadorias no mundo utilizam contêineres como forma de transporte e cem milhões de cargas cruzam os oceanos do mundo em mais de 5.000 navios de contêineres a cada ano.
Malcolm McLean foi o inventor dos contêineres que representaram uma verdadeira revolução na indústria de transportes em meados dos anos 50. Porém, hoje, após determinado tempo de uso, eles se tornam inutilizáveis gerando um cemitério de contêineres abandonados. Ou acontece como nos EUA e Europa, onde mandar o container de volta gera custos consideráveis compensando mais, a compra de novos na Ásia.
Os contêineres foram e são utilizados como abrigos improvisados em países que tiveram terremotos, desastres naturais, e em guerras, como na Guerra do Golfo em 1991, onde também serviram como transporte de prisioneiros iraquianos. Buracos foram feitos nos contêineres para permitir a ventilação e não houve relatos de efeitos nocivos deste método.
Com a atual discussão sobre meio ambiente, construções sustentáveis, materiais disperdiçados que geram poluição, energia solar, reciclagem, etc, os contêineres vieram a "calhar" perfeitamente como uma alternativa construtiva, benéfica ao homem e à natureza, aliados a uma arquitetura moderna e criativa!

Um pouco mais sobre os contêineres

container_8-PTodos os contêineres são fabricados obedecendo uma padronização que conforme oferecem elementos modulares podem, ainda, ser combinados com estruturas mais largas, simplificando o design, transporte e planejamento. Os contêineres podem ser empilhados até 12 unidades quando vazios.
Eles são estruturas de aço extremanente fortes, porém leves, já confeccionados para um perfeito encaixe, disponíveis no mercado e podem ser facilmente realocados já montados. Na construção, você pode usar tintas à base d´água, paineis solares, teto verde , isolante de pet, entre outras aplicações de uma construção sustentável.
Os contêineres também exigem muito menos mão-de-obra, custos e trabalhos na fundação do que outros tipos de construções. Os contêineres usados podem ser comprados das empresas de transporte por US$1.200,00 cada, e mesmo quando comprados novos, eles não custam mais que US$6.000,00.

Alguns cuidados antes do uso

Como os contêineres são feito de aço que é um bom condutor de calor, é necessário forrar o container com um isolante térmico. Hoje, no mercado de isolamentos, existem aqueles que não agridem a natureza e são feitos com materiais recicláveis, como o caso o Isosoft, feito de garrafa PET.
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O Museu Nomadic é composto de 152 contêineres. Ele foi construído para abrigar uma exposição de fotografia em Nova York em 2005. Depois, foi desmontado e remontado em Santa Monica, Califórnia , EUA no início de 2006.
A reforma de um container pode precisar de cortes no aço e soldagem, o que exige mão-de-obra especializada, porém, mesmo com esses custos extras, esse tipo de construção ainda é mais vantajosa. O aço do container também deve ser jateado com um abrasivo e repintado com uma tinta não tóxica antes de ser habitável, a fim de evitar probabilidades de contaminação em detrimento das cargas que o container transportou durante sua vida marítima.
O uso de aço para a construção ainda não é amplamente usado para estruturas residenciais. Portanto a obtenção de licenças para construção pode ser problemática em algumas regiões devido aos municípios não terem visto este tipo de construção anteriormente.

Container City I e II – Alegre, sustentável e barato

Container_13-PÉ na Inglaterra, mais exatamente no Trinity Buoy Wharf, na região portuária de Docklands, área fortemente industrializada de Londres, que se encontra " Container City " (Cidade do Container).
Concebida pela Urban Space Management Ltda, a Container City é um conglomerado de contêineres de vários formatos, encaixados flexivelmente, criando uma construção modular altamente versátil, que oferece acomodações elegantes e acessíveis para uma gama de utilizações.
Essa tecnologia modular permite que a construção tenha seu tempo e custos reduzidos para mais da metade em relação às construções tradicionais, além de contribuir muito mais com meio ambiente por serem usados materiais reciclados, que fazem parte do conceito do projeto: recuperar os componentes industriais da natureza e explorar soluções construtivas inovadoras.
O sucesso desse tipo de construção foi tão positivo que já foi construído o Container City II, além de outros projetos como escritórios, estúdios para artistas, lojas, cafés, centros de convivência, saúde, etc.
Características e detalhes
Primeiramente, os contêineres são reformados, remodelados e equipados com o necessário, mas faltando pouco para seu acabamento. Então, as unidades são transportadas e montadas no local com a ajuda de um guindaste e conectadas as outras através de um sistema rápido de engate e finalmente pintadas com cores vibrantes capazes de protegê-las das ferrugens.
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Do lado de fora, os contêires parecem grandes blocos de Legos que criam uma fachada de cores diferentes.
O Container City I teve sua construção iniciada em 2000 e levou cinco meses para sua conclusão, em maio de 2001. Originalmente, a construção não passava de três andares, mas devido à alta demanda, foi adicionado aos edifícios mais um novo andar, seja ele para residência, escritório ou estúdio.
Um total de 20 contêineres forma a Container City I, sendo 15 para uso residencial. Este foi o primeiro complexo dos 14 que existem hoje na Inglaterra. O Container City I usa um esquema igual de pinturas para o aço que fica exposto ao vento, água e ferrugem. Ele também mantém a própria estética de um container de carga, assim, levando em sua arquitetura essa herança marítima.
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As janelas redondas utilizadas não só proporcionam uma forma de contraste no ambiente, como também evocam o tema náutico na arquiteutra.
Ligado ao Container City I por uma passarela, está o Container City II, construído dois ano depois com mais conjuntos habitacionais. O complexo possui contêineres menores de 30 m² cujo aluguel custa entre $100 e $240 por mês e está totalmente alugado por artistas e designers. Quem quiser alugar um desses espaços, deve entrar na lista de espera.
Para aumentar a área da unidade, é possível cortar pedaços do piso, paredes ou teto para criar aberturas e conexões externas entre eles. Também é possível combinar vários contêineres: contêineres de 13 m² são unidos, então, para criar configurações que abrangem áreas de 90 m² a 270 m².
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De fato, Container City representa uma habitação industrial moderna. Como está em Londres, ela significa um "pós-modernismo industrial" e espaço para artistas. Ela exemplifica uma habitação acessível de design moderno, e que ao mesmo tempo, é tradicional na sua capacidade de satisfazer uma necessidade do lugar e da comunidade. Uma verdadeira solução para problemas sociais e ecológicos.


Uma exponencial de aplicações

Muitas estruturas com base em contêineres já foram construídas, e seus usos, tamanhos, localizações e aparências variam amplamente.
Quando o futurista Stewart Brand precisava de um lugar para reunir todo o material que utilizaria para escrever seu livro, ele converteu um container em um espaço de escritório, e relatou este processo de conversão no mesmo livro.
container_25-PEm 2006, no sul da Califórnia, o arquiteto Peter DeMaria projetou os dois primeiros andares de uma casa container como um sistema estrutural aprovado no âmbito das orientações rígidas do código da construção reconhecido nacionalmente (UBC). Esta casa foi a Redondo Beach House e inspirou a criação de Casas Lógicas: um container de carga baseado no conceito de casas pré-fabricadas.
Em 2006, a empresa holandesa Tempohousing terminou em Amsterdam a maior vila de containers do mundo: 1.000 casas para estudantes feitas com contêineres modificados vindos da China.
Em 2002, a norma ISO para contêineres começou a ser modificada e usada para criação de locais de tratamento de águas residuais. O uso de contêineres cria uma solução de baixo custo, modular e personalizada para tratamento local de águas residuais e elimina a necessidade de construção de um edifício separado para abrigar o sistema de tratamento.
Só basta a criatividade
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Muito mais que um abrigo

Um exemplo: no Haiti inúmeros projetos de habitação para casos de desastres como o do terremoto há pouco tempo ocorrido foram rejeitados. Porém foi apresentada uma proposta de um projeto de contêineres elaborado por Richard Moreta e seu time.
As autoridades dominicanas aprovaram recentemente a projeto de Moreta, "Container Cities", que utiliza os sistemas modulares de construção com o uso de contêineres marítimos para suprir a falta de moradia das vítimas do terremoto.

Um colorido exemplo mexicano

A Container City mexicana em pouco tempo se tornou uma das maiores atrações turísticas da cidade de Cholula, no México.
Idealizada pelo designer gráfico Gabriel Esper Caram, o local possui 5.000m² de área urbana, onde 50 contêineres de navios abandonados estão instalados. Bares, lojas, livrarias, galerias de arte, restaurantes, padarias e até hotéis fazem parte desse ambiente exótico.
Além disso, os contêineres, que possuem sistema térmico para manter a temperatura ideal e isolamento acústico, estão empilhados em formações únicas, criando becos, ruas e pátios, tudo com muita cor e conforto.
Outro destaque da estrutura é a rede Wi-Fi, disponível por toda a cidade e a música ambiente que toca entre as vielas e ruas de Container City.
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Sim! Já temos a nossa Casa Container

O Arquiteto Daniel Corbas, um admirador da arquitetura industrial aliou isto ao potencial sustentável que construções com contêineres são capazes de oferecer. Desenvolveu, então, o projeto Casa Container, localizado em Granja Viana, cujo tema é vencer as dificuldades técnicas que se apresentam e propor soluções eficientes, práticas e"eco-friendly", sempre utilizando design e arquitetura de alto nível.
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A casa tem 196 m² de área construída, distribuída em dois pavimentos. Ao todo, são três quartos, sala de estar, sala de jantar e cozinha gourmet integradas, escritório, três banheiros, área de serviço, garagem e varandas. Em cada cômodo são apresentadas as tecnologias disponíveis no mercado, com o objetivo de mostrar para as pessoas que, diferente do que muitos pensam, ter uma residência mais amiga do meio ambiente não é difícil nem caro.

Por que morar numa Casa Container Sustentável?

  • Reutilização de materiais para estrutura da casa: contêineres marítimos em desuso. Além de aproveitar material nobre descartado, o uso de contêiner gera economia de recursos naturais que não foram utilizados para a estrutura da casa, como areia, tijolo, cimento, água, ferro etc. Isso significa uma obra mais limpa, com redução de entulho e de outros materiais.
  • Respeito ao perfil do terreno: mais economia e rapidez na terraplanagem. O projeto previa suave terraplanagem do terreno, utilizando sistema de compensação entre corte (50cm) e aterro (até 80cm), para deixar um único platô quase em sua cota original. Em apenas um dia, os serviços de terraplanagem e limpeza do terreno foram totalmente executados.
  • Impermeabilização máxima de 15% do terreno preserva o solo e lençol freático. Ao respeitar ao máximo o relevo natural do terreno, evitam-se interferências no solo e no lençol freático, pois mais de 85% do terreno fica permeável, contribuindo para absorção da água das chuvas.
  • Economia na fundação e redução no uso de materiais. O peso leve da estrutura metálica possibilitou o uso de sapatas isoladas, pequenas e rasas, e sem uso de armação ou ferragens.
  • Reaproveitamento de peças metálicas, garimpadas em ferro velho, tais como vigas e perfis.
  • Preservação das árvores no terreno e projeto paisagístico para ajudar no sombreamento da construção e amenizar o calor excessivo.
  • Reuso de água da chuva. Será captada pelo telhado, armazenada e filtrada em reservatório próprio, para uso na irrigação do jardim, limpeza externa, lavagem de carro e máquina de lavar roupa.
  • Ventilação cruzada nos ambientes. Serão utilizadas janelas e aberturas para evitar o uso de ar condicionado, um dos grandes consumidores de energia elétrica.
  • Telhado verde: parte da cobertura terá vegetação para auxiliar no isolamento térmico do contêiner.
  • Telhas térmicas tipo sanduíche de poliuretano para melhor desempenho térmico da casa; na cor branca para refletir os raios solares e contribuir para a diminuição de temperatura do microclima local.
  • Eficiência energética: uso de iluminação em Leds e fluorescente.
  • Vasos sanitários com botoeira dupla. Bacias fabricadas pela Roca com descarga opcional de 3 ou 6 litros de água, para economia de água.
  • Torneiras que evitam desperdício com limitadores de fluxo e de temperatura da água, que evitam o desperdício em até 50%.
  • Paredes e forros em drywall contribuirão para menor quantidade de entulho na obra, uso de materiais recicláveis, e melhor desempenho termoacústico.
  • Uso de lã de PET, isolante térmico feito à base de garrafas PET, da Trisoft, que recebeu o prêmio "Planeta Casa 2010" na categoria materiais de construção.
  • Sistema misto de aquecimento solar, de tubo de vidro a vácuo + sistema elétrico de compensação, que monitora a temperatura da água e quando necessário utiliza energia elétrica.
  • Uso de salamandra para aquecimento do pavimento inferior com aproveitamento do duto da chaminé para aquecer o dormitório superior.
  • Pintura ecológica: tintas à base de água, sem cheiro,com baixa taxa de COV- Compostos Orgânicos Voláteis.
7 meses antes...
Casa Container:finalizada em Maio/2011
Confira algumas fotos do projeto Casa Container
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Clique nas imagens para ampliá-as
"A comprovação de que o projeto vem ao encontro de um novo conceito de construção sustentável despertou um interesse imediato que empresas, instituições de ensino superior, ONGs e profissionais comprometidos com o desenvolvimento de produtos que buscam reduzir o uso de recursos naturais em seus processos de produção", afirma Corbas.

Nem o espaço é o limite

(Revista Época)
Casa-Container7-PEla tem 6m de comprimento por 2,5m de largura. Não é muito espaçosa, mas depois de receber acabamento, mobília e paisagismo no jardim, fica parecendo uma suíte de hotel. As paredes brancas têm tratamento térmico e acústico interno.
A parte externa traz pequenos amassados conquistados ao longo das viagens pelo mundo. "É o charme dos 11 anos de viagem pelo mar", diz a arquiteta catarinense Lívia Ferraro, autora do projeto e dona do escritório Ferraro Container Habitat. "Eu tinha essa ideia há muito tempo. Mas só com essa onda de sustentabilidade que os arquitetos começaram a aceitar a ideia de projetar uma casa de metal reciclado".
Container_23-PO módulo básico de 15 metros quadrados custa R$ 39 mil. O acabamento e a mobília estão incluídos. A casa também vem com sistema de armazenamento da água da chuva, painéis de energia solar e sistema de tratamento de resíduos. As soluções foram elaboradas em parceria com o Laboratório de Eficiência Energética da Universidade Federal de Santa Catarina.
Também dá para colocar grama no teto, o que aumenta o isolamento térmico. A matéria-prima de ferro vem do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, onde Lívia paga cerca de R$ 3 mil por um contêiner com cerca de 10 anos de uso.
A economia na estrutura pode ser gasta em mimos que tornem o interior mais confortável. Fazem parte do projeto mesas e bancos embutidos, além de um sofá-cama. A decoração foi pensada para otimizar o pequeno espaço. O mesmo móvel abriga a TV, o micro-ondas e o frigobar.
Um exemplo de interior
Agora escolha você o seu container e ajude a natureza!
Fonte e Fotos:
Container City, Inhabit, Design Credo, Wiki, Projetocasacontainer, Habitainer, Zen, Onne, R7