Quando eu comecei minha carreira, a chave para o sucesso era ter as respostas certas. Se o chefe tivesse uma dúvida, ele esperava que eu tivesse a resposta – ou pelo menos soubesse como encontra-la. Aqueles que progrediam na carreira mais rapidamente eram aqueles que possuíam a maioria das respostas.
Mas, conforme eu comecei a subir as escadas corporativas, descobri que a chave para o sucesso começou a mudar. Acabou se tornando cada vez menos importante ter a resposta certa e cada vez mais importante saber fazer as perguntas certas.
Na era do Google, as respostas são a parte fácil do negócio. Você pode pesquisar virtualmente por qualquer coisa e ter a resposta quase que instantaneamente. Mas isso só acontece quando você sabe fazer a pergunta certa.
Se você quer se tornar um líder de sucesso, você deverá aprender a fazer boas perguntas. Vou listar algumas habilidades para te ajudar a mudar de nível.
1) Faça perguntas mais amplas –
perguntas que podem ser respondidas com “sim” ou “não” são perguntas
estreitas. Elas não geral discussão além de raramente produzem inovação.
Ao fazer perguntas mais amplas, você receberá um conteúdo bem melhor
como resposta. Por exemplo, ao invés de perguntar “Você está feliz com
seus resultados?”, você pode dizer “Como você acredita ter obtido os
resultados que você gerou?”. A primeira pergunta pode ser respondida com
“sim” ou “não”. A segunda convida à reflexão e à discussão;
2) Vá além das suposições –
todos as decisões de negócios são baseadas em suposições. Se você não
compreender bem essas suposições, você pode acabar tomando uma péssima
decisão. É sempre muito útil se pergunta primeiro – e depois a seus
colegas – “O que estamos supondo neste cenário?”. Então você deverá
descascar cada camada do problema até que você esteja confortável com as
suposições. É aqui que as pessoas comentem os erros. A lógica pode ser
perfeita, mas se ela foi construída em suposições falsas, você acabará
com uma conclusão falha;
3) Ouça os dois lados da história –
é fácil ouvir um lado da história, agir com a informação, e então ficar
embaraçado quando você descobrir que você possuí apenas a metade dos
fatos. Eu já devo ter feito isso uma centena de vezes. Eu acredito estar
melhorando em ouvir os dois lados da história, mas eu ainda me
considero “em recuperação”. Eu preciso me lembrar constantemente que existem no mínimo dois lados em todas as histórias;
4) Faça perguntas de acompanhamento –
evite a tentação de fazer comentários em cada pergunta. Algumas vezes
que gosto de contar quantas perguntas eu consigo fazer sem fazer
comentários. É fantástico o que você pode aprender quando age assim.
Isso torna seus comentários é decisões muito mais profundos. Geralmente
você não consegue chegar ao verdadeiro problema antes de fazer várias
perguntas profundas;
5) Fique confortável com o silêncio –
muitas pessoas ficam desconfortáveis quando as coisas ficam quietas.
Elas se sentem na obrigação de preencher o vazio com palavras. Você pode
usar isso a seu favor apenas mantendo a boca fechada e os ouvidos
atentos. Quando você consegue, você geralmente descobre que as pessoas
fornecem voluntariamente um monte de informações que você jamais
conseguiria de outra maneira;
6) Ajude às pessoas a terem suas próprias ideias –
uma das melhores maneiras de guiar os outros é perguntar ao invés de
informar. Sim, você pode pontuar seus subordinados, mas suas ideias
jamais serão tão significativas para eles quanto são para você. Você
conseguirá muito mais ao lidera-los com boas perguntas. Uma de minhas
favoritas, especialmente quando acontece um erro ou desapontamento, é “o
que podemos aprender com esta experiência que poderá ser útil para nós
no futuro?”;
7) Compreenda a diferença entre fatos e especulação –
um dos chefes que ajudou em minha formação me disse uma vez “tenha
certeza que você está me dizendo o que você sabe e o que você acredita
que sabe, e garanta que eu saiba a diferença”. As pessoas fazem qualquer
tipo de afirmação que elas acreditam ser baseadas em fatos. Isso
geralmente faz com que você desligue o seu radar. Geralmente você deve
perguntar “você reconhece isso como um fato?”. Se a resposta for sim,
“Como você sabe?” ou “Você pode me mostrar a fonte dessa estatística ou
reinvindicação?”.
Finalmente, quando você fizer perguntas, faça anotações. Isso
demonstra muito respeito à pessoa que você está entrevistando. Ajuda
muito também quando o ambiente fica silencioso. Você pode verificar suas
anotações e descobrir novas perguntas que ainda não havia pensado ou
perguntado.Forte Abraço,
André Cruz
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